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Falta de placas de trânsito preocupa

SMTT revela que furtos provocam falhas na sinalização, junto com a impossibilidade de colocação em todos os cruzamentos

Paulo Rossi -

Parar, pensar e olhar com atenção redobrada. A ausência ou péssimas condições de sinalização em alguns cruzamentos dentro dos bairros em Pelotas gera insegurança em motoristas e moradores, além de demandar, cada vez mais, cuidado dos condutores para evitar acidentes. Embora algumas dessas vias sejam pouco movimentadas, nem mesmo a falta de fluxo é capaz de evitar que, por vezes, colisões aconteçam. 

A rua São Luiz, que liga a Santa Terezinha à Cohab Lindóia, é um destes exemplos. Embora grande parte de sua extensão não possua asfalto e seja marcada por buracos, acidentes acontecem. O Diário Popular verificou que pelo menos quatro esquinas dela não possuem placa de pare para nenhuma dos lados. Em cruzamento com ruas asfaltadas, como Barão de Tramandaí e Santa Clara, os motoristas já param instintivamente. No entanto, em outras há dúvida na hora de saber qual a preferencial, por vezes gerando colisões. 

É o caso do cruzamento da São Luiz com a rua Santa Maria. A placa está localizada cerca de 20 metros adentro da Santa Maria, sem pintura, com pichações e escondida por uma árvore. Local de passagem de ônibus, por boa parte do dia o movimento é tranquilo, mas em horários de pico o fluxo aumenta. E no último mês, pelo menos três vezes os moradores viram a calmaria da via se tornar palco de acidentes de trânsito. Trabalhando a poucos metros do cruzamento, o marceneiro João Luiz Mendes Soares tem no celular fotos registrando diversas batidas. Ele crê que, além da sinalização escondida, a arborização da esquina atrapalha a visão de quem por lá transita. “Quando chega ali, todos acham que sua via é a preferencial”, lamenta. 

Na Bom Jesus, a falta de qualquer sinalização no cruzamento entre a Rua 20 e a Reverendo João José Alves preocupa os moradores, como o comerciante Cristiano da Rosa. Pai de três crianças pequenas, ele diz ver diariamente carros cruzando em alta velocidade, vindos de ambos os lados. Embora haja melhor visibilidade, já que há terrenos baldios nas esquinas, ele teme que a qualquer momento possam haver graves colisões ou atropelamentos.

No Porto, preocupação nas aulas
“Tem que melhorar a sinalização!”, gritou um instrutor de autoescola enquanto a reportagem percorria as ruas do bairro. Um outro professor comentou que, além da ausência de algumas placas, o desrespeito de outros condutores atrapalha as aulas e os força a, por vezes, ter que utilizar o freio bruscamente para evitar que quem está aprendendo a dirigir sofra uma colisão. 

No cruzamento das ruas Dona Mariana e Gomes Carneiro, a placa de pare sumiu. Há apenas seu antigo suporte, solitário, na esquina. O aposentado Luis Cláudio Soares mora nas proximidades e diz que volta e meia presencia ciclistas, pedestres e carros se livrando por pouco de colisões. Os motivos apontados por ele são o excesso de velocidade e justamente a falta de sinalização apropriada.

O que diz a SMTT?
O Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Flávio Al Alam, revelou à reportagem que o município registra furtos excessivos de placa, em especial as de pare, chegando a uma média de 50 por mês. Quando os guardas de trânsito percebem a ausência ou a comunidade denuncia, a secretaria tenta repor o mais rápido possível. Placas depredadas e pichadas também fazem parte da rotina da SMTT. A cada mês, entre novas placas e reposição de antigas, são colocadas em torno de 500 novas sinalizações. 

Em outras situações, principalmente dentro de bairros, a placa realmente não existe. “Não tem como ter em todos (os cruzamentos)”, ressalta Al Alam. Nestes casos, o condutor deve prestar atenção no que diz o código de trânsito e dar preferência a quem vem da direita. 

Em caso de placas cobertas por árvores, a SMTT repassa a solicitação à Secretaria de Qualidade Ambiental, que realiza a poda. Em alguns casos, a placa é trocada de lugar, por não ser possível deixá-la completamente exposta. A comunidade pode alertar a SMTT através de contato com os agentes nas ruas ou pelo telefone 3227-5402.

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